terça-feira, 12 de junho de 2007
Nenna
Nenna
(Atílio Gomes)
Estilingue, 1970
árvore, plástico, gêsso e pigmento - Praia do Canto, Vitória-ES
intervenção urbana e happening
(fotos de Sagrilo para registro e documentação)
Pioneiro na implantação da linguagem contemporânea na arte produzida no Espírito Santo, o jovem Atílio Gomes (que mais tarde adotou o nome artístico de Nenna), menino de 18 anos, concretizou a primeira manifestação plástica de vanguarda da cidade (Vitória). Dispensou a galeria, elegeu a cidade como campo de ação e transformou uma pacata rua em museu aberto, com seu Estilingue Gigante.
Era madrugada de um domingo de junho de 1970, época de repressão, e com medo de alguma represália o artista falsificou uma autorização assinada por Joaquim José da Silva Xavier. Ele mesmo, o Tiradentes, que segundo o documento, trabalhava na prefeitura e autorizava a intervenção de arte pública na cidade.
A árvore foi revestida de gesso com pigmento amarelo e duas tiras de plástico preto foram amarradas aos troncos. Nas tiras, ele prendeu uma atiradeira de plástico vermelho, e tava pronto o estilingue em grande escala que surpreendia os transeuntes habituais das manhãs de domingo. Mas tudo transcorreu em paz, o teor crítico não foi percebido naquele momento.
Nenna ajudou a ativar a percepção de indivíduos que viviam numa cidade completamente carente e careta artisticamente. Tinha até fundo musical com violão, violino e flauta no happening.
referências: http://www.overmundo.com.br/overblog/estilingue-gigante-e-oceano-de-luz
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